terça-feira, 24 de maio de 2011

OS BOMBEIROS

Temos a família alargada
A contar com os bombeiros
Para qualquer emergência
São sempre os primeiros

Não são família de sangue
Mas sim do coração
Muitas vezes o bombeiro
É mais que filho ou irmão

Para muitos idosos
Que vivem na solidão
Os bombeiros são p’ra eles
A tábua de salvação

São eles que os transportam
Dando-lhes apoio e carinho
E fazendo-os sentir
Que ninguém está sozinho

Eles levam-nos às consultas
E aos cuidados especiais
A fazer exames ou análises
E a irem aos hospitais

Os bombeiros são tudo
Amigos e enfermeiros
Familiares e psicólogos
E por vezes até parteiros

Eles também são as pernas
De quem não pode andar
Quando carregam a maca
Para os poder transportar

Os bombeiros estão alerta
A qualquer situação
Ao primeiro toque da sirene
Começam logo em acção

Se é incêndio ou acidente
Ou pessoa desmaiada
Desaparecimento ou resgate
Inundação ou derrocada

Muitas mais situações
Surpresas inesperadas
Por vezes aparecem coisas
Que nunca foram pensadas

E lá vão eles à luta
A correr risco de vida
Só a pensar na vítima
Que espera ser socorrida

Vão os bombeiros à frente
A enfrentar a situação
Por vezes encaram coisas
Que lhes abala o coração

Há casos que os afecta
Deixando-os desolados
Precisando de força e coragem
Para se manterem integrados

Muitas vezes os bombeiros
Não têm mãos a medir
Eles são a esperança de todos
Se alguma coisa surgir

Pessoas sempre prontas
Sem em troca esperarem nada
Muitas vezes não ouvem
Nem tão pouco um obrigada

É pena serem lembrados
Só no momento de aflição
Pelos serviços que prestam
Mereciam mais atenção

São eles os nossos heróis
Mas não lhes damos o valor
Nem só medalhas merecem
Mas respeito e amor

quarta-feira, 18 de maio de 2011

A família

A família é coroada
No dia do casamento
A coroa apresenta rosas
Mas tem espinhos por dentro

Essa coroa é para a vida
Compromisso e fidelidade
Na entrega sem limites
De amor e lealdade

A família é a referência
Que identifica cada ser
E o sangue é um certificado
Que nunca deixa de valer

A família é a primeira escola
Onde se adquire educação
Nela se forma o carácter
P’rá nossa orientação

O amor é a força viva
Que fortalece a família
E também raiz consistente
Em permanente vigília

As raízes da família
São os laços do amor
E também é chama viva
A lhes dar força e calor

Toda a família unida
Faz do amor uma ponte
Torna a vida mais suave
Alargando o horizonte

A família deve partilhar
Obstáculos e vitórias
Alegrias e tristezas
Projectos e até memórias

Não há família perfeita
Tem de haver amor e perdão
São os elementos essenciais
P’ra manter a união

Se cada família no mundo
Vivesse em harmonia
Seria um paraíso na terra
E a guerra acabaria

As formigas

Eu vi muitas formigas
A correr p’ró formigueiro
Elas carregavam mantimentos
Para guardar p’ró ano inteiro

Umas atrás das outras
A fazer fila chinesa
Sem se atropelarem
Mostrando delicadeza

Olhei e admirei tanto
Aquelas formigas tão ágeis
Insectos tão pequeninos
Carregando suas bagagens

Com tanta ligeireza
Pareciam em competição
Notável era o empenho
A demonstrar união

Pareciam preparar uma festa
Tanta era a animação
A azáfama era tanta
Sem nenhuma frustração

Nem perdiam tempo
Juntas em harmonia
Mostravam a liberdade
Da sua democracia

Vi nelas tanto empenho
Apreciei a união
Elas transmitiam exemplo
Para mim uma reflexão

Vi nas formigas um exemplo
E como a união é importante
Olhei o mundo e a pequenez
A envolver cada governante

Há tanta razão p'ra viver

Este mundo é tão belo
P’ra quem o sabe viver
Tanta coisa que nos move
Cada dia a surpreender

Deus nos deu o sol e a terra
O ar que nós respiramos
Os frutos tão saborosos
E água p’ra refrescarmos

É tudo maravilhoso
O que vem da natureza
É um manjar oferecido
Por Deus com tanta nobreza

Estamos aqui de passagem
Nesta vida de dois dias
Muitas vezes distraídos
No meio das regalias

P’ra cada lado que olhamos
Vemos tanta coisa bela
É tudo tão deslumbrante
Até a flor mais singela

Deus fez o mundo para nós
Com tudo em harmonia
Desde a noite estrelada
Ao sol a fazer dia

É um nunca mais acabar
De tantas graças sem conta
Que são todas derramadas
No mundo de ponta a ponta

Deus nos deu o dom da vida
E o seu profundo amor
Só por isso valeu a pena
Sentir o tanto valor

A vida não é eterna
Tem limite de duração
Tudo o que nasce morre
Deixemos de ilusão

Passam-se dias, meses e anos
Sem darmos conta do tempo
Quando olhamos para trás
A vida voou como o vento

Há quem aproveite a vida
P’ra fazer sofrer alguém
Esse só tem egoísmo
Que não o deixa viver bem

domingo, 1 de maio de 2011

A menina que salvou o Jesus

Uma menina um dia
Quis salvar o Jesus
A sua magoa era tanta
Ver aquele homem na cruz

Tinha apenas três anos
E muita imaginação
Olhar para o crucifixo
Fazia-lhe perturbação

Vivia com aquela magoa
Mas sem dizer a ninguém
Um dia sem mais nem menos
Resolveu fazer o bem

Sozinha e às escondidas
A deixar desconfiança
O que ela andava a fazer
A ninguém vinha à lembrança

Metia-se dentro do quarto
Ficando tempo esquecido
Tentando despregar Jesus
Até o ter conseguido

Depois de passarem dias
Ela desvendava o mistério
Trazendo a imagem de Jesus
Com aquele sorriso sincero

Dizendo salvei o Jesus
Mostrando a imagem na mão
A alegria que ela transmitia
Era de um inocente coração

Com aquela simplicidade
Dizia ter salvo o Jesus
Para ela foi uma vitória
O arrancar daquela cruz

E assim ficou a cruz
Sem Jesus crucificado
E a menina satisfeita
Por O ter despregado

E a imagem de Jesus
Ficou sempre na memória
Mesmo de mãos partidas
Recorda aquela história