Francisco era rapaz novo
Quis ir para a guerra combater
Foi preso pelo inimigo
E à prisão ele foi bater
Ele mesmo na prisão
Aos outros alegrava
Dizendo ainda muito espero
Por uma vida folgada
Dizia que o mundo inteiro
Falará muito de mim
Sua intenção foi sincera
Porque foi mesmo assim
Depois de um ano de prisão
Foi posto em liberdade
Voltando assim a Assis
Mas já com uma enfermidade
Ficou muito doente
Teve de ficar acamado
Esse tempo lhe serviu
Para ter Deus a seu lado
Francisco era rico e se fez pobre
Nos deu assim o exemplo
Que os bens deste mundo
Só nos traz desentendimento
Com ele aconteceu
Os bens o fizeram sofrer
Começou a dar os tecidos
Que o pai tinha para vender
“Francisco estava a orar
Na capela de São Damião
Ouviu uma voz que dizia
Levanta a minha igreja
Ela está caindo ao chão”
Francisco não fez mais nada
Sem saber o que fazia
Vendeu um fardo de tecidos
E entregou o dinheiro, ao padre da freguesia
Esse dinheiro serviria
Para a igreja levantar
E ainda se ofereceu
Para na obra trabalhar
Era um rapaz como tantos outros
Com uma vida de encanto
Resolveu mudar de vida
Deixando tudo para o canto
Um dia ao ver um mendigo
Sem muito tempo pensar
Deu a sua roupa ao pobre
E com a dele quis ficar
E assim começou uma vida
De humildade e sem temor
Deixou a vida de boémia
Aos pobres dando amor
Começou por dar aos pobres
Os próprios bens de seu pai
Como isso não deu certo
De outra maneira se sai
O pai chamou-o à realidade
Mas isso não o convenceu
A sua ideia era firme
E ao pai não obedeceu
Deixou o pai angustiado
Sem saber o que fazer
Dando o filho como louco
Parecendo remédio não ter
O pai de Francisco era rico
Tanto tinha para lhe dar
Mas ele com a ideia certa
Não se deixou influenciar
Francisco deixou a riqueza
E as festas ficaram para trás
Vivendo uma vida de pobre
Ele conquistou muito mais
Como o pai não se conformava
Com que o filho fazia
Até se foi queixar ao bispo
Ver o que ele lhe dizia
O bispo chamou Francisco
Para resolver a situação
Foi mesmo na praça pública
Essa mesma confusão
O pai ordenou a Francisco
Que lhe entregasse o que era seu
E nesse mesmo instante
Ele lhe obedeceu
Perante o acontecimento
Francisco tomou a decisão
Tirando a roupa do corpo
Atirando-a para o chão
Ficando todo nu
O bispo se compadeceu
O cobriu com sua capa
Foi isso que aconteceu
Dizendo de hoje em diante
Só chamou pai, ao pai celeste
Fazendo assim a promessa
No seu primeiro teste
E assim começa a vida
De pobreza e caridade
Pedindo para dar aos pobres
Fazendo a sua felicidade
Pela sua pobreza de vida
Era muito desprezado
Mas era aquilo que o fazia
Ser um homem honrado
Francisco deu o exemplo
Outros também o seguiram
De pouco a pouco cresceu
Um grupo que se uniram
Francisco com seus companheiros
Queriam formar congregação
Resolveram ir a Roma
Para obter autorização
O Santo Padre os recebeu
Com a maior dignidade
E lhe deu autorização
Para pregar no campo e na cidade
E foi o que ele fez
Com sua sabedoria
Pregando por toda à parte
Com exemplo e teoria
Não tinha medo de nada
Seu lema era o evangelho
Seguindo esse à risca
Com Cristo por conselheiro
Vivia uma vida de sacrifício
Olhando o pobre e o doente
Fazer bem aos outros
Isso o deixava contente
Pedia para dar aos outros
Nem tão pouco pensava em si
Vivendo o evangelho
O bom Francisco de Assis
A oração era o seu conforto
Orava com muito fervor
Era assim que conseguia
Falar com nosso Senhor
Falava e tinha respostas
Ouvia a voz do Senhor
Sua oração era tão forte
Que ao céu chegava clamor
Vestia humildemente
Com hábito e um cordel
Os pés eram descalços
Nem usava relógio nem anel
Via Cristo em qualquer homem
Fosse bonito ou feio
Não tinha medo dos doentes
Entre eles andava no meio
Nem da lepra tinha medo
Com eles era carinhoso
Enquanto o povo fugia
Francisco beijava o leproso
Aproximava-se dos leprosos
Vê neles um Cristo Senhor
Ao ver o seu sofrimento
Olhava por eles com amor
Francisco humilde e paciente
Era pobre dos mais pobres
Enquanto podia ter tudo
Nascera de famílias nobres
Procurou descobrir Cristo
Em tudo, e em qualquer canto
Sempre com alegria no rosto
Vivendo no mesmo encanto
Vivia sempre o presente
Pela sua conversão
Era Jesus Cristo o herói
Da sua contemplação
A inventar o presépio
Francisco foi o primeiro
E daí foi o início
Hoje é no mundo inteiro
Francisco fez o presépio
No meio da meditação
Tinha o menino Jesus
Em forte contemplação
Hoje se faz o presépio
Francisco deu o exemplo
Pois foi ele o primeiro
No Natal daquele tempo
Foi mensageiro da paz
No meio em que vivia
Dar o exemplo ao mundo
Era o que ele pretendia
Era alegre e valente
Com boa disposição
Trazia sempre na mente
A paz e o perdão
Com orações fervorosas
Ficava suspenso no ar
Até Jesus sacrificado
A Francisco quis abraçar
Francisco formou uma ordem
Com propósito definido
Queria salvar um povo
Que no mundo andava perdido
Formou a Ordem Franciscana
Com um grupo que o seguiu
Na íngreme da pobreza
O que ele conseguiu
Passaram tantos séculos
Essa Ordem não acabou
As raízes foram fortes
Que a obra aqui chegou
Não teve medo da morte
Cantou até morrer
Despediu-se deste mundo
E para o céu foi viver
Os pássaros o acompanharam
No último momento da vida
Sobre a sua cabana cantavam
Foi assim a despedida
Morreu aos 45 anos
Muito tinha para dar
Pois chegou a sua hora
Ele não podia ficar
Morreu mas deixou regra
Para quem quiser cumprir
O evangelho era seu lema
E aos outros queria servir
A regra que ele nos deixou
Foi muito bem definida
É clara sem rodeios
E é para ser cumprida
Vivia alegre e contente
Com a regra que escolheu
Pois cumpria tudo à risca
E nada ele perdeu
Francisco era muito bom
Que não fazia distinção
Até o sol e os pássaros
Ele tinha por irmão
Dava tudo quanto tinha
Sem no amanhã pensar
O seu amor era o próximo
Ele tinha que confiar
Francisco prova de amor
Na sua adoração
Ele dava glória a Deus
Do fundo do coração
Ele tinha muita força
Do alto lhe era dada
Pois ele a adquiria
Na Hóstia consagrada
O que ele conseguiu
Seu exemplo foi além
Desse tempo até agora
Chegando a nós também
Francisco seguiu Jesus
Com toda a perfeição
Por cumprir o evangelho
Foi santo com distinção
quarta-feira, 31 de agosto de 2011
terça-feira, 23 de agosto de 2011
A árvore egoísta
A árvore era tão egoísta
Que não quis dar fruto
Para manter-se elegante
Ficou velha em arbusto
Em vez de olhar para o céu
Só vê o que estava na terra
Sentia-se tão importante
Nem fez caso da Primavera
A Primavera passou
Florida e sorridente
E a árvore ali plantada
Nem a quis à sua frente
Queria ver tudo em redor
Estava em primeiro lugar
O egoísmo era tão grande
Nem bom dia se quis dar
Olhando em redor
Viu as plantas a florir
Sentiu-se sem compromisso
Das outras se pôs a sorrir
Um dia se apercebeu
De um perfume radiante
Que enchia a atmosfera
A toda a hora e instante
Nem isso a comoveu
Nada a fazia mudar
Continuou sempre
Com egoísmo a dobrar
Quando chegou ao Verão
Ninguém olhou para ela
Era como fosse um zero
Colocado sobre a terra
As outras árvores vizinhas
Radiantes de alegria
Com frutos a amadurecer
Brilhantes a todo o dia
Quando chegou ao Outono
As folhas o vento levou
Ela aí viu a realidade
Como o egoísmo à deixou
Com a chegada do Inverno
A árvore ficou nuzinha
Igual a muitas outras
Sentindo-se mais sozinha
Olhando para as outras árvores
Que em redor havia
Viu as sementes à volta
Cheias de grande alegria
Estavam prontas a nascer
Todas aquelas sementes
Numa mistura de folhagens
Para elas um berço decente
A árvore do egoísmo
Sentiu-se apenas miragem
Tinha passado a sua vida
Pensando só na imagem
A sua preocupação
Era olhar só para baixo
Sem nunca ter dado fruto
Ficou como fosse macho
O egoísmo e o orgulho
Nunca deram bom fruto
Apenas para a solidão
Dão o seu contributo
segunda-feira, 22 de agosto de 2011
Vivemos na Ilusão
Nada que temos é nosso
Até a vida é de empréstimo
O Sol e o ar é em comum
E o resto é de acréscimo
Uns respiram outros expiram
Ninguém para pensar
É o mesmo ar que circula
O espaço, a terra e o mar
A vida está interligada
Mas o egoísmo a destrói
Os atropelos constantes
Em cada coração dói
Neste mundo de ninguém
O Homem faz por merecer
Os exageros da ilusão
Traz mágoa a cada ser
HÁ CORAÇÕES QUE CHORAM
Há corações que choram
Dia e noite sem parar
Amargura é tão grande
Que os deixa a suspirar
Alegria vai embora
Sem tão pouco se despedir
Por vezes parece raptada
Sem tempo a decidir
Nem tão pouco diz adeus
Sem prometer de voltar
É o tempo a passar em vão
E a esperança a caminhar
Parece o mundo a desabar
A tapar o horizonte
Apenas a amargura
Fazendo dos olhos fonte
ACORDEI DE MADRUGADA
Acordei de madrugada
Com um passarinho a cantar
Ele batia às asas
Preparando-se para voar
Ele me dava o bom dia
Fazendo-me despertar
O canto do passarinho
Me fizera meditar
Levantou-me a moral
Aquele lindo passarinho
Ver uma beleza infinita
Num corpo tão pequenino
Com a sua vós fascinante
Cantava uma melodia
Mas o colorido das penas
Ao meu olhar se prendia
O passarinho contente
Logo se pôs a voar
Pousando de ramo em ramo
Parecia querer dançar
Os seus olhitos brilhavam
De tanta satisfação
E a sua ligeireza
Fazia tanta atracção
Era mesmo um periquito
No meio da liberdade
Sobrevoava os campos
Em direcção à cidade
Aquele lindo passarinho
Que da gaiola fugiu
Ao se ver em liberdade
Novo rumo ele seguiu
sábado, 20 de agosto de 2011
Ilha Dos Encantos
Minha Ilha dos encantos
Por amor te disse adeus
Estava enamorada
Deixei-te a ti e aos meus
Ao pôr o pé no navio
Estava inconsciente
Pensado no meu amor
Que de mim estava ausente
Parti mas levei saudades
Desta Ilha abençoada
Nem um dia se passou
Que tu não fosses lembrada
Para junto do meu amor
Te levei no coração
És a terra onde nasci
Por ti eu tenho afeição
Nove anos nos separou
A saudade me fez sofrer
Ausente desta beleza
Só na imaginação te podia ver
Percorria a Ilha toda
Canto a canto a viajar
Apenas em pensamento
Com a mente a trabalhar
Os lugares que eu passei
Deles nunca esqueci
Na cabeça ficou gravado
Como o livro que eu aprendi
Era a única maneira
De te poder visitar
Com a recordação que tinha
Me fazia viajar
Via tudo em pormenor
Como se aqui estivesse
Por vezes em vês de sono
Na cabeça tinha stress
As saudades eram tantas
Que faziam-te valorizar
Passei a ver tanta coisa
Que não conseguia enxergar
A distância nos aproxima
E faz-nos ver a realidade
O que temos debaixo do nariz
Não se enxerga de verdade
O mar é uma barreira
Que sobressai esta beleza
Ao distanciar-se dela
É que se vê com clareza
Regressei com a família
Isso foi uma riqueza
Daqui não quero mais sair
E não saio com certeza
Madeira és a minha Ilha
Donde nunca devia ter saído
Sofri tanto por te deixar
Que não me vai do sentido
Do dia que te disse adeus
Eu já te pedi perdão
As lagrimas que derramei
Saíram do coração
Por amor te disse adeus
Estava enamorada
Deixei-te a ti e aos meus
Ao pôr o pé no navio
Estava inconsciente
Pensado no meu amor
Que de mim estava ausente
Parti mas levei saudades
Desta Ilha abençoada
Nem um dia se passou
Que tu não fosses lembrada
Para junto do meu amor
Te levei no coração
És a terra onde nasci
Por ti eu tenho afeição
Nove anos nos separou
A saudade me fez sofrer
Ausente desta beleza
Só na imaginação te podia ver
Percorria a Ilha toda
Canto a canto a viajar
Apenas em pensamento
Com a mente a trabalhar
Os lugares que eu passei
Deles nunca esqueci
Na cabeça ficou gravado
Como o livro que eu aprendi
Era a única maneira
De te poder visitar
Com a recordação que tinha
Me fazia viajar
Via tudo em pormenor
Como se aqui estivesse
Por vezes em vês de sono
Na cabeça tinha stress
As saudades eram tantas
Que faziam-te valorizar
Passei a ver tanta coisa
Que não conseguia enxergar
A distância nos aproxima
E faz-nos ver a realidade
O que temos debaixo do nariz
Não se enxerga de verdade
O mar é uma barreira
Que sobressai esta beleza
Ao distanciar-se dela
É que se vê com clareza
Regressei com a família
Isso foi uma riqueza
Daqui não quero mais sair
E não saio com certeza
Madeira és a minha Ilha
Donde nunca devia ter saído
Sofri tanto por te deixar
Que não me vai do sentido
Do dia que te disse adeus
Eu já te pedi perdão
As lagrimas que derramei
Saíram do coração
quinta-feira, 18 de agosto de 2011
REPARTI O CORAÇÃO
Reparti o coração
Já mais me sinto sozinha
O meu pensamento não pára
Voando como andorinha
Voando chego mais alto
Que me faz ver o além
Ultrapassando barreiras
Com a força do amor de mãe
Vou ao encontro dos meus
Laços de sangue é um cume
A distância nos separa
Mas o amor é que nos une
O amor penetra ao longe
Como o sol que nos aquece
No coração de uma mãe
Sempre o fogo permanece
Ser mãe é se dividir
Sempre em partes iguais
É ter um coração mole
A se desfazer demais
Uma mãe é sentinela
Bravura de coração
Alegre ou amargurada
Sempre firme à sua missão
Com o coração repartido
Já mais descanso haverá
Mesmo com os filhos criados
O sossego não voltará
Ser mãe é ter coragem
É entregar seu coração
Dar ao mundo com fervor
De todas a maior lição
Já mais me sinto sozinha
O meu pensamento não pára
Voando como andorinha
Voando chego mais alto
Que me faz ver o além
Ultrapassando barreiras
Com a força do amor de mãe
Vou ao encontro dos meus
Laços de sangue é um cume
A distância nos separa
Mas o amor é que nos une
O amor penetra ao longe
Como o sol que nos aquece
No coração de uma mãe
Sempre o fogo permanece
Ser mãe é se dividir
Sempre em partes iguais
É ter um coração mole
A se desfazer demais
Uma mãe é sentinela
Bravura de coração
Alegre ou amargurada
Sempre firme à sua missão
Com o coração repartido
Já mais descanso haverá
Mesmo com os filhos criados
O sossego não voltará
Ser mãe é ter coragem
É entregar seu coração
Dar ao mundo com fervor
De todas a maior lição
quarta-feira, 17 de agosto de 2011
A CHAMA DE UMA VELA
A chama de uma vela
No meio da escuridão
É um ponto luminoso
A despertar atenção
Ou será aniversário
Ou está lá por devoção
Por vezes é ornamento
E mesmo por tradição
É uma pobre luzinha
Com muito significado
Estando sobre o altar
Indica lugar sagrado
Mesmo assim pequenina
Persiste com a sua luz
Aquela chama a vibrar
Parece que nos conduz
É uma chama tão frágil
Exemplo da nossa vida
Em nós a luz é a fé
Que nos guia na subida
Essa luz nos ilumina
É a chama que nos guia
Sem ela a escuridão
Permanece noite e dia
A vela não encandeia
Mas o brilho dela seduz
Ilumina aqui e além
Radiante chama de luz
É uma luz pequenina
De valor sentimental
É símbolo estimulante
A levantar a moral
ENCONTREI A VERGONHA
Eu encontrei a vergonha
Parecia ameaçada
Triste e a se lamentar
Por estar desprezada
Estava ela num cantinho
E muito bem escondida
Sentia-se envergonhada
Por ali estar perdida
Triste de quem à perdeu
Já não à pode alcançar
Pois ela é uma virtude
Difícil de recuperar
A vergonha é um sentimento
Que se juntou à moral
Parece que se uniram
Para andar sempre a par
A vergonha é muito velha
Mas sempre actualizada
Os elementos que à compõe
Deixam-na bem conservada
A vergonha é sentimento
Que embala a toda a hora
É uma virtude preciosa
Não a deixem ir embora
Quem diz adeus a vergonha
Está a se despojar
Perdendo tudo o que tem
Passando a mendigar
sábado, 13 de agosto de 2011
O Meu Pai
O melhor pai do mundo
Escolhido por minha mãe
De paciência incansável
Sem se queixar de ninguém
Sempre de ar sorridente
Com boa disposição
Seu amor a transbordar
Do fundo do coração
Era doce e amoroso
Atento e pontual
Cumpridor dos seus deveres
Em tudo fundamental
Um pai humilde e valente
E rico em harmonia
Disposto a perdoar
A toda a hora do dia
Seu trabalho era perfeito
Com todo o pormenor
Era um artista de fama
Sua obra era a melhor
Era um homem incansável
Trabalhava noite e dia
E com muita paciência
De todo um pouco fazia
Fazia cestos à noite
E o dia na terra a trabalhar
A família era numerosa
Tinha que à sustentar
Depois de passar um dia
Inteiro a trabalhar
Regressava a casa sorridente
Como de manhã ao caminhar
Deu exemplo à família
E a quem ao redor vivia
Foi um bom conselheiro
De grande sabedoria
Apelava sempre ao perdão
Nunca mandou se vingar
Dizia o que perdem connosco
Com outro vai alcançar
Sem ter grandes estudos
Apenas lia e escrevia
Mas sempre pronto a ajudar
A quem menos conhecia
Foi um filho obediente
Marido especial
Um pai adorável
De bom era em geral
Não tenho palavras
Que o possa descrever
A bondade era tão grande
Melhor não podia haver
Era de palavras calmas
Sem nunca desanimar
Mas sempre com a verdade
Mesmo a se prejudicar
Seu rosto está gravado
Dentro do meu coração
Seu sangue corre nas veias
De toda a minha geração
Partiu mas deixou saudades
A todos sem excepção
Depois de passarem anos
Não sai do meu coração
sexta-feira, 12 de agosto de 2011
A Fama
A fama é uma bolha de ar
Que enche e logo rebenta
Não vale ter ilusões
Pois a pressão não aguenta
Depressa sobe ao topo
De repente desce a baixo
Uma vez tem aplausos
E outra cai no rebaixo
A fama pode ser boa
A levantar a moral
Mas também se reverter
Deita abaixo o astral
A fama leva alguém
A pensar que alcança o sol
E com o impulso da ilusão
Deixa perder o controle
A fama não é importante
Nem sombra tem a oferecer
É como o ar que passa
Que não se consegue ver
A fama é cheia do nada
É apenas uma mania
E o homem sem noção
Troca a noite pelo dia
Há uns que têm a fama
E outros tiram o proveito
Vão andando a par da onda
Enquanto lhe fizer jeito
Há a fama elevadora
E a outra que é humilhante
As duas são tão diferentes
Uma negativa outra aliciante
A fama alimenta inveja
E cria alterações
Faz amigos de duas caras
Ocultando as intenções
Só a fama de Jesus
Foi da vida e da morte
Pois ele foi crucificado
Ninguém lhe invejou a sorte
terça-feira, 9 de agosto de 2011
O amor e o egoísmo
O amor e o egoísmo
Andam de costas voltadas
São dois que não se entendem
E fazem dar trovoadas
O amor é reflexo
E o egoísmo a escuridão
Um tem sentimento
O outro tem solidão
O egoísmo não deixa amar
Faz cerco ao coração
Tornando-se numa cegueira
Que faz vaguear em vão
O amor é luz que transborda
Iluminando tudo em redor
Penetra com o seu reflexo
Tornando o mundo melhor
O egoísmo só por si
Não deixa ir mais além
Torna-se ditador
No coração de alguém
O amor dá alegria
Dá à vida suavidade
Torna tudo transparente
Deixando ver a realidade
O egoísmo esse então
É uma nuvem perturbante
Que envolve o coração
Deixando-o hesitante
O amor é uma torrente
Que refresca a nossa alma
Deixando o coração suave
Repleto de beleza e calma
O egoísmo só repisa
Tornando-se doentio
Sem deixar lugar de entrada
Para qualquer desafio
O amor é reparador
É uma luz p’ro perdão
Dá ao mundo uma nobreza
Que nos liberta o coração
O egoísmo obcecado
Isola-se em si próprio
Ficando tão enrolado
Num envolvimento impróprio
O amor é uma sensação
Que invade o nosso ser
Por dar sentido à vida
Deixemos ele nascer
O egoísmo é frustrado
É o eu e sempre o eu
Põe a razão do seu lado
E o meu é meu e só meu
O amor não tem barreiras
É de quem sabe amar
É uma força que nasce
Só temos que alimentar
O egoísmo destrói
O amor concerta
O egoísmo reprime
E o amor liberta
quinta-feira, 4 de agosto de 2011
Quarenta e quatro anos de vida em comum
Há quarenta e quatro anos
Que dissemos o nosso sim
Onde fizemos a promessa
Respeitarmos até ao fim
E assim foi a nossa vida
Partilhada a cada momento
Ultrapassando os obstáculos
E um ao outro dando alento
O amor correspondido
Deu-nos mais suavidade
O que fez que a nossa vida
Tivesse mais dignidade
Foi com uma chave de ouro
Que abrimos o coração
Para unir as nossas vidas
Com amor e dedicação
Que dissemos o nosso sim
Onde fizemos a promessa
Respeitarmos até ao fim
E assim foi a nossa vida
Partilhada a cada momento
Ultrapassando os obstáculos
E um ao outro dando alento
O amor correspondido
Deu-nos mais suavidade
O que fez que a nossa vida
Tivesse mais dignidade
Foi com uma chave de ouro
Que abrimos o coração
Para unir as nossas vidas
Com amor e dedicação
quarta-feira, 3 de agosto de 2011
Santana 2011
A Cidade de Santana
É um expositor da natureza
Para cada lado que olhemos
É encanto e beleza
É um belo diamante
Com o verde a centelhar
O seu reflexo fascina
A prender o nosso olhar
É um paraíso na terra
Jardim que nos faz sonhar
Esta cidade do norte
Tem magia a enfeitiçar
Deslumbra o visitante
Lhe aprisiona o coração
O faz guardar para sempre
A boa recordação
Santana é um cenário
Feito pela mão Divina
Os montes e as encostas
Tudo nelas predomina
É um santuário perfeito
Um lugar de reflexão
Onde se vê a mão Divina
Com poder e libertação
É uma montra natural
Que ultrapassou a fronteira
Exposta no mundo inteiro
Como a coroa da Madeira
Santana por si se elevou
Sendo ela natural
Foi pela própria beleza
Reconhecida mundial
Reconhecida pela UNESCO
Reserva Mundial da Biosfera
O orgulho é do povo
Que fez brotar esta terra
Serão dez anos de título
Do trabalho dos nossos pais
Foram eles que á preservaram
Para hoje ser o cartaz
Santana é um manto verde
Desde o mar até a serra
É um pulmão que assegura
A fama da nossa terra
O seu povo deu ao mundo
Beleza e muito valor
Partilhando esta herança
Com qualquer um sonhador
Santana marco histórico
Revelando cada canto
Com os seus montes e vales
A deslumbrar o encanto
É um berço acolhedor
Com um lençol de cetim
Tem a colcha aveludada
E uma coberta sem fim
É o esplendor desta ilha
Exposto na costa norte
Fazendo ondas tão suaves
A desvendar sua sorte
É um tapete radiante
O seu brilho não tem fim
A enramalhada de cores
Forma Santana um jardim
É uma sala de visitas
Onde a ilha se reúne
Almofadada a louríssima
E campestre é o perfume
É o cume das montanhas
Que à torna mais atraente
E a sua vista maravilhosa
Nos foi dada de presente
É um expositor da natureza
Para cada lado que olhemos
É encanto e beleza
É um belo diamante
Com o verde a centelhar
O seu reflexo fascina
A prender o nosso olhar
É um paraíso na terra
Jardim que nos faz sonhar
Esta cidade do norte
Tem magia a enfeitiçar
Deslumbra o visitante
Lhe aprisiona o coração
O faz guardar para sempre
A boa recordação
Santana é um cenário
Feito pela mão Divina
Os montes e as encostas
Tudo nelas predomina
É um santuário perfeito
Um lugar de reflexão
Onde se vê a mão Divina
Com poder e libertação
É uma montra natural
Que ultrapassou a fronteira
Exposta no mundo inteiro
Como a coroa da Madeira
Santana por si se elevou
Sendo ela natural
Foi pela própria beleza
Reconhecida mundial
Reconhecida pela UNESCO
Reserva Mundial da Biosfera
O orgulho é do povo
Que fez brotar esta terra
Serão dez anos de título
Do trabalho dos nossos pais
Foram eles que á preservaram
Para hoje ser o cartaz
Santana é um manto verde
Desde o mar até a serra
É um pulmão que assegura
A fama da nossa terra
O seu povo deu ao mundo
Beleza e muito valor
Partilhando esta herança
Com qualquer um sonhador
Santana marco histórico
Revelando cada canto
Com os seus montes e vales
A deslumbrar o encanto
É um berço acolhedor
Com um lençol de cetim
Tem a colcha aveludada
E uma coberta sem fim
É o esplendor desta ilha
Exposto na costa norte
Fazendo ondas tão suaves
A desvendar sua sorte
É um tapete radiante
O seu brilho não tem fim
A enramalhada de cores
Forma Santana um jardim
É uma sala de visitas
Onde a ilha se reúne
Almofadada a louríssima
E campestre é o perfume
É o cume das montanhas
Que à torna mais atraente
E a sua vista maravilhosa
Nos foi dada de presente
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