O ano começou em Janeiro
Dei conta estava em Setembro
Sem ver o tempo passar
Já cheguei a Dezembro
Trezentos e sessenta e cinco dias
Contados de um a um
Divididos por uma dúzia
Tornando o ano comum
Apenas ficam na conta
Segundos, minutos e horas
Semanas, meses e anos
De fracassos ou vitórias
Contamos as estações
Com reflexo singular
As cores a definirem
A época e o lugar
Sem pensar chegamos ao fim
Do nosso dois mil e onze
As perspectivas anunciadas
É trocar ouro por bronze
Vai passando cada dia
Sem voltar a repetir
Vai-se o sol e chega a lua
Numa missão a cumprir
O ano é sempre crescente
Do primeiro dia a contar
É todo muito certinho
Ninguém o pode enganar.
Sem termos noção do tempo
Mudamos o calendário
No meio das emoções
Sem desfazer o cenário
Não há paragem no tempo
Sempre a andar e a contar
Sem se prender a nada
Num total a se doar
Não sentimos a realidade
Do momento que é real
O desenrolar ao segundo
Faz a ilusão desleal
Hoje é a despedida do ano
Uma página virada para trás
Bem-vindo o dois mil e doze
Que traga saúde, amor e paz
Vem cheio de incertezas
Pois não podemos prever
Cada dia é sempre único
E não se o pode conter
Por Arlinda Spínola
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