terça-feira, 29 de outubro de 2013

As virtudes são flores


As virtudes são flores
Que nascem dos corações.
Torna o mundo radiante
Com as nossas boas acções

As virtudes Teologais
Vivem sempre em aliança
Onde há fé e Caridade
Nunca falta a Esperança

Quem tem fé move montanhas,
Força brutal garantida.
Que nos leva a caminhar,
Com maior êxito na vida

A esperança nunca morre
Faz ter fé o dia-a-dia
É virtude tão marcante
Nela está a garantia.

A caridade é amor
Que não tem mãos a medir
Vem sempre com a discrição
De servir, a bem servir

  As virtudes cardinais
Andam sempre de mãos dadas
Umas encerem nas outras
Nunca ficam separadas

A Prudência e a Justiça.
Fortaleza e a Temperança.
São virtudes cardinais,
Que nos levam à esperança.

A Prudência é a virtude,
Que ajuda a equilibrar.
Leva-nos à reflexão,
Antes mesmo de actuar.

A justiça na verdade,
É a luz da consciência.
Só trás a tranquilidade.
Quando agimos com prudência.

Fortaleza é equilibro,
Alicerce fundamental.
Onde todas as virtudes,
Se reúnem por igual

A temperança é a virtude,
Do realismo moral.
É o espelho da nossa mente,
Que define o bem do mal.

Por Arlinda Spínola

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

 Nasci numa família nobre

Nasci numa família nobre
Mesmo sem rei nem rainha.
O reinado do amor,
Fez de mim a princesinha.

Não tive ouro nem prata,
Mas sim uma liberdade.
Corri campos e florestas,
Desfrutei a mocidade.

Tive amor e o carinho,
De uma família rural.
Nunca me faltou o pão,
Tive sempre o essencial

O bom exemplo e a moral.
Foi farol na minha vida.
Uma luz que se prolongou,
Na distância percorrida.

O que adquiri na infância,
Guardo com muito carinho.
São relíquias preciosas,
Reforçaram-me o caminho.

O carácter adquirido,
Serviu para a minha jornada.
E com a educação da infância,
Tive herança assegurada.

Eu sempre fui sonhadora,
Mas muito pendurada.
A insegurança me detinha,
Com medo da casa arrombada

O facto de não ser perfeita,
Exigia a perfeição.
Desfiz sonhos e ilusões,
E a todos peço perdão.


                                                                     Arlinda Spínola 
ESTA NOITE ADORMECI

Esta noite adormeci,
Sem fazer a minha oração.
Acordei senti remorso,
Pela minha ingratidão.

Nem agradeci a Deus,
A recompensa da vida.
Abundância permanente,
Fez-me ficar esquecida.

Não olhei bem para o céu,
Nem para trás, nem p’ró lado.
E o que estava à minha frente,
Ficou tudo apagado

Não dei o valor merecido,
Ao bom Deus que me criou.
E o pobre do meu espírito,
Sem alimento ficou.

Nem assim fiquei sozinha,
Deus pôs um anjo a meu lado.
Enquanto eu dormia,
Ele estava acordado.


Arlinda Spínola
Aterei um Beijo ao Sol 

Atirei um beijo ao sol
P’ra ver a minha pontaria
O vento o desviou
Bateu onde eu não queria

Andou ao sabor do vento
Mudou a direcção
O destino era o sol
Mas foi bater ao Plutão

E aquele beijo sem rumo
Andou a vaguear
Percorrendo o espaço
Sem ninguém a comandar

Ele pairou numa nuvem
Armou lá a confusão
Todas o queriam receber
Deixaram-no sem solução

E aí, esse meu beijo
Sem controlo já ficou
Fez uma magia nobre
E como estrela brilhou

De novo seguiu caminho
Confundiu-se no espaço
Olhou p’ra terra e pediu
Que lhe envia-se um abraço

Eu enviei-lhe esse abraço
Com carinho e fervor
Eu pedi que o entrega-se
A quem vive sem amor


Arlinda Spínola

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Não Tivemos Lençóis de Cetim


Não tivemos lençóis de cetim.
Nem um palácio dourado.
Mas o nosso amor de ouro,
Por Deus foi abençoado.

Continuamos a caminhada,
Sempre com Deus no comando.
Foi Ele que nos conduziu,
Para irmos navegando.

Navegamos no meio de ondas,
Na jangada que construímos.
Com marés-altas e baixas,
Mas sem nunca desistirmos.

O nosso amor já deu frutos,
Que criamos com carinho.
Eles continuarão de seguida,
A trilharem o caminho.

Arlinda Spínola

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Quadras a São Francisco 
14-7-2013


Jesus chamou Francisco,
Ele ouviu e fez a mudança.
Deixou para trás a bagagem,
E segui-O com esperança.

A Paz e o Bem foi seu lema,
E o caminho o Evangelho.
E a força de São Francisco,
Foi no dobrar seu joelho.

Jesus convidou Francisco,
Prá sua igreja reparar.
Ele olhou o edifício,
Que estava a desmoronar.

Francisco reparou a igreja,
Com muito amor e carinho.
Deixou o passado p’ra trás,
Rodando noutro caminho.

Lançou-se de alma e coração,
Com compromisso assumido.
Na regra que ele traçou,
Deixou o dever cumprido.

Francisco dedicou a sua vida,
A lançar redes ao fundo.
Recuperou corpos e almas,
 Da lama que havia no mundo.

Sentia a fome do pobre,
E a dor de cada doente.
Tinha a força a comandar,
Dirigida à sua mente.

Com o seu exemplo recuperou,
Povo que vivia à margem.
Nas pegadas de Francisco,
Outros ganharam coragem.

Francisco foi um oceano de fé,
Uma explosão de caridade.
Um raio tão cintilante,
Que atingiu a Humanidade.

Ele partiu mas está vivo,
Nunca saiu da memória.
Oito séculos já passaram,
Sem apagar sua história.

Francisco com as suas obras,
Proclamou o Evangelho.
Seu amor e a caridade,
Reflectiu como um espelho.

A fé o fez caminhar,
Ultrapassando fronteiras.
Desvendado horizontes,
E desfazendo barreiras. 

Embalado no amor,
E a fé no coração.
Com doçura e humildade,
Fez de cada ser um irmão


Arlinda Spínola

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013


Meu querido amor
14-2-2013

Reservamos a vida inteira
P’ra dias de namorados
Todos os nossos momentos
A dois foram consagrados

Da tua boca sai pérolas
E dos teus gestos brilhantes
Formaste o nosso amor
Nos mais ternos diamantes

E o reflexo encadeia
Faz brilhar a nossa vida
Mas a chama do amor
Por nós foi adquirida

Guardo carinhosamente
Dentro do meu coração
Em cada gesto de amor
Deixas-me a recordação

É dia dos namorados
É nosso também afinal
O tempo não sufocou
A lealdade e a moral

O nosso amor foi plantado
Com raiz no coração
Alimentado com carinho
Reforçado de perdão

Não procuraste atalhos
Seguiste o caminho certo
E assim o nosso amor
Nunca perdeu o afecto

Tivemos altos e baixos
Sem dispensar o amor
Foram nesses obstáculos
Que multiplicamos o valor



Por: Arlinda Spínola

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013


Canticos a Jesus 
2012

Viemos dar as boas vindas
A Jesus que já nasceu
A maior Celebridade
Que o mundo recebeu

Divino e amoroso
Inocente criancinha
Nem mesmo para nascer
Se Ele teve uma caminha.

Ignorado pelos homens
Mesmo antes de nascer
Andou de porta em porta
Sem ninguém o receber

Sendo o Rei do Universo
Veio nascer num curral
Dando exemplo de humildade
Desapego e moral

Obrigado meu menino
Divino e Celestial
Por nos dar seu coração
Como porta principal.

Ó meu menino tão belo
Nós Te viemos adorar
E oferecer o coração
P’ra que possas repousar.

Apresentamos nossas preces
A Jesus tão pequenino
Confiando em seu amor
E no coração Divino

Pedimos ao Deus Menino
A Maria e a São José
Que derramem as suas bênçãos
P’ra aumentar a nossa fé

Por: Arlinda Spínola

Vivemos numa correria

Vivemos numa correria
Sem tempo de olhar pró lado
E mesmo sem darmos conta
Fica tudo no passado

Marchamos sem consciência
Não saímos do lugar
Andamos sem ver a meta
Que temos p’ra alcançar

Temos os olhos vendados
Não deixa ver mais além
O egoísmo é a barreira
Com tudo o que dele vem

Arlinda Spínola 

Quadras a São Francisco

São Francisco foi um esteio
P’ra igreja não desmoronar 
Também serviu de trave
O que a faz continuar 

Ele era um rapaz nobre
Com muita sabedoria
Tornou-se homem humilde 
Deixando a fantasia 

Seguindo o Evangelho 
Teve como lema servir 
Olhando o pobre e o doente
Como missão a cumprir 

Fez-se pobre dos mais pobres
Doou o seu coração
Seu gesto foi para o mundo
Uma tão nobre lição

Despojado da sua roupa
Descalço, sem trouxa, nem pão 
Começou uma caminhada
Impondo a sua razão

Ficou sem eira nem beira
Mas com um rico coração
Olhava p’ra cada ser 
Como se fosse seu irmão.

Francisco formou a corrente
Deslizando chegou a nós
Arrastando a multidão
Que dá vida à sua voz 

                                                                  

  Por: Arlinda Spínola


Deus é meu conselheiro

Um dia pedi a Deus
Para ser meu conselheiro
E nas minhas decisões
Faço a consulta primeiro

É juntinho ao Sacrário
Que conversámos os dois
Eu falo e Ele escuta
Dando-me a resposta depois

Jesus sabe os meus segredos
Ainda melhor do que eu
P’rás minhas necessidades
Antes de eu pedir já me o deu

Eu agradeço e peço
Nada tenho que lhe dar
Sou uma grande pecadora
Que Ele continua ajudar

Arlinda Spínola 

A Vida em desalento

   

Vida em desalento
Isso muda o pensamento  
Dá largas ao sofrimento
Alegria desaparece como o vento
Embalada num grande tormento
Mergulhando o sentimento
Desfazendo o deslumbramento
Encontrando arrependimento
Sentindo-se sempre isento
Arranjando um testamento
Lavrando aquele invento
Estendendo ao elemento
Narrado sem argumento
Tornando em afrontamento  
Ondas de ressentimento   
       
         
Por Arlinda Spínola

O amor
1
O amor trás o sucesso
É uma libertação
Corta as amarras ao ódio
E dá lugar ao perdão
2
O amor é o elemento
Para organizar a paz
A paixão é uma ilusão
Que depressa se desfaz
3
O amor não tem limite
Dá largas ao coração
Passa mares e fronteiras
Não perde a direcção
4
O coração de quem ama
Não tem peso nem medida
É leve como uma pena
Não deixa a luta perdida
5
Quem ama nunca está só
Seu coração é abrangente
Tem relíquia preciosa
Que o torna mais atraente
6
Não há preço pró amor
É riqueza adquirida
Não se vende nem se compra
É a experiência vivida 
7
Um coração sem amor
Vagueia sem direcção
Sempre ao sabor do vento
Arrastado pelo chão

Por: Arlinda Spínola



Atirei um Beijo ao Sol 

Atirei um beijo ao sol
P’ra ver a minha pontaria
O vento o desviou
Bateu onde eu não queria

Andou ao sabor do vento
Mudou a direcção
O destino era o sol
Mas foi bater ao Plutão

E aquele beijo sem rumo
Andou a vaguear
Percorrendo o espaço
Sem ninguém a comandar

Ele pairou numa nuvem
Armou lá a confusão
Todas o queriam receber
Deixaram-no sem solução

E aí, esse meu beijo
Sem controlo já ficou
Fez uma magia nobre
E como estrela brilhou

De novo seguiu caminho
Confundiu-se no espaço
Olhou p’ra terra e pediu
Que lhe envia-se um abraço

Eu enviei-lhe esse abraço
Com carinho e fervor
Eu pedi que o entrega-se
A quem vive sem amor

Arlinda Spínola

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

 2013 Em desalento

A política dos compadrios
Deixou o país afundar
Agora restam as dívidas
Pró Zé-povinho pagar

Temos a crise de valores
Onde anda tudo enganado
E os governantes enrolaram
Este povo desgraçado.

Fazem as leis sem pudor
À sua medida e feitios
Defendendo os seus interesses
P’rá roubalheira e desvios.

Portugal ainda está vivo
Encontrando-se moribundo
E o Funchal já não respira
Não sai do buraco sem fundo

Vivemos amordaçados
Sem dar conta foi o fim
Porque os nossos governantes
Satisfizeram-se assim.

Construíram os seus impérios
Sem medida regulada
E nós quando demos conta
Estava a casa arrombada

O país já de arrastões
Espremido sem reserva
Ficou todo enodoado
Nada de bom se observa

Prós grandes tudo é desfalque
Onde ninguém é o culpado
Condenam o pobre diabo
E absolvem o engravatado.

E o pobre trabalhador
É que sustenta a cambada
Quando chega ao fim do mês
Regressa a casa sem nada.

Agora só há deveres
Acabaram-se os direitos
P’ra manter a burguesia
Tantos descontos são feitos

Não temos mais regalias
Nem futuro garantido
Deixando os jovens ao largo
Num barco todo partido

Custa muito a trabalhar
E o ordenado desaparece
P’rá Segurança Social
Pró IVA e p’ró I.R.S.

P’rás taxas moderadoras 
Portagens e combustível
Aumentos na água e luz   
Viver assim é impossível

Cada visita da Troika
Com eles vão os milhões
Tapam o sol com a peneira
Mas desfazem ilusões

Acabam-se as regalias
Dos direitos adquiridos
Voltamos à estaca zero
Pelos erros cometidos.  

Os nossos governantes
Estragaram a democracia
Agora com as vacas magras
Só resta a diplomacia

Tiram a água do capote
Respingando ao redor
Deixam a culpa solteira
Por igualdade ou pior  

Levaram o país à falência
Com desvios e festanças
Empresas que foram sonhos 
Desfizeram-se esperanças 

Estão a vender Portugal
Na feira do desbarato
Por serem incompetentes
Mostram bem o seu retrato

Hoje a pobreza é rei
A insegurança rainha
A história de Portugal
Parece a da carochinha

Compramos gato por lebre
No momento das votações
Na esperança de um bom governo
Escolhemos uns aldrabões

Mas o povo português
É lutador sem medida
Não deixa baixar os braços
E a crise será vencida

Já se foi dois mil e doze
E o treze está a marcar
É um número muito bonito
Mas que não traga azar 

Por Arlinda Spínola