Mãe! Como tu eu queria viver
A crueldade falou mais alto
O capricho e a ignorância
Fez surgir um obstáculo
Mãe! Eu era tão pequenino
Não me pude defender
Apenas por egoísmo
Não me deixaste viver
Já tinha espírito formado
E a veste a se criar
Eu confiava em ti
E não me quiseste aceitar
Sentia-me aconchegado
No teu ventre minha mãe
Vivia com esperança
Nascer p’ro mundo também
Interrompeste-me a vida
Quando eu esperava ternura
No teu ventre minha mãe
Senti a maior amargura
Tinha princípio de vida
E uma missão por cumprir
Sem dó fizeste barreira
E não me deixaste seguir
Quem sabe seria eu
A pérola da tua vida
Talvez a tua companhia
Nas horas que andas à deriva
Eu seria aquela criança
Que te ia fazer sorrir
Mas acabou tudo isso
Antes de eu poder agir
Nem luxo eu pretendia
Viver já me alegrava
Apenas o teu carinho
Era o que eu esperava
Pensaste nas economias
Que ias gastar comigo
Para mim bastava as sobras
Que desperdiças contigo
Destruíste a minha vida
E à magoa deste lugar
Em ti cravaste um espinho
Difícil de arrancar
sexta-feira, 29 de abril de 2011
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
1 comentário:
Emocionante mas a vida é a arte do possível e não do óptimo!
Enviar um comentário