sábado, 21 de janeiro de 2012

Eu peço riqueza a Deus

Eu peço riqueza a Deus
De graças p’ra todo o mundo
Que a dor seja saúde
E lágrimas, sorriso profundo   

Jesus é o Rei do mundo
Sempre de braços abertos
Aconchega-nos com carinho
Sabendo que somos incorrectos

Abraça campos e cidades
Tem o mundo numa só mão
Os Seus Pés são o equilibro
E o sangue o nosso perdão

Seu Coração não tem fim
E os Braços sem medidas
As suas graças são mares
Que nos curam as feridas

Jesus é o autor da fé
Seu coração é amor
O corpo é alimento
Que salva o pecador

Jesus com o próprio sangue
Fez-nos promessas de amor
Libertou-nos da escravidão
Suportando martírios e dor

O Coração de Jesus
Transborda graças e amor
É uma fonte inesgotável
De alegria e fervor

Resgatou-nos com seu Sangue
Entregou-se em doação
Foi o preço que pagou
Pela nossa libertação

E o que lhe demos em troca?
O deixamos caído no chão
O insultámos e ainda ajudamos
A Lhe cravar o coração

Transformou Seu Corpo em Pão
Para nos alimentar
Preparou-nos a chegada
Com a mesa a abarrotar

Esse alimento não tem fim
Sacia, dá força e paz  
É luz que enche a alma
E amor que Ele nos trás

Jesus preparou o mundo
De uma beleza infinita
Com séculos antecedentes  
Esperando a nossa visita   

Por Arlinda Spínola 

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

A crise não desfalece


A crise não desfalece
Acompanhou-me na vida
Sempre que alargo o passo
Ela prega-me a partida

Sou humilde mas honesta
Não sou uma mulher letrada
Sempre fiz as minhas contas
A não ficar a dever nada

Nasci no tempo da crise
Sem nenhuma regalia
A honestidade foi o lema
P’rá minha filosofia

Mas entre gente ilustre
Observo a sua vivencia
Vejo que a sabedoria
Não equilibra a consciência

Na família que eu nasci
Não conheci a maldade
Fez que o mundo para mim
Fosse só honestidade

Sem a malícia do mundo
Foi crescendo encegueirada
Hoje vejo a descoberto
Como eu estava enganada

Já mesmo no cumprimentar
Rotulava-se os senhores
A vénia revelava a posse
Das categorias superiores 

Os senhores eram poucos
Toda a gente os conhecia
Pois o povo explorado
Ocupava a maioria

Agora este regime
Com disfarce de encantar
Mediu os pés pelas mãos
Pondo o povo a mendigar

Foram iludindo o povo
Na maior desorganização
Deixando as contas no prego
Gentinha sem discrição

Agora o contribuinte
Sem dinheiro na carteira
Com impostos redobrados
A pagar a roubalheira

O tempo para trás não volta
A miséria nos alcança
Os nossos contabilistas
Esqueceram da poupança

Só aprenderam a tirar
Esqueceram a multiplicação
Dividiram o que não tinham
Deixando muitos sem pão

E lá ficou Portugal
Despido na bancarrota
Sem equilibrar as contas
O levaram para a derrota

Agora é um quebra-cabeças
Para arranjar ordenados
Até os da função pública
Sujeitos a desempregados  

E Portugal a se desmoronar
Como um puzzle já desfeito
Para unir as peças todas
Duvido que tenham jeito

São dívidas exorbitantes
Que nos deixa a duvidar
Sonhos desfeitos p´ra muitos
Ferida que já mais vai curar

Até já estão a vender
O património dos portugueses
Dispostos a fazer compras
Os exploradores chineses

Já estamos penhorados
Vão-nos vender em leilão
Para as despesas correntes
Das reformas em questão

Para uns, pouco demais
P’ra outros a abarrotar
São reformas de vergonha
Que nos faz desequilibrar

A pagar os honorários públicos
Estão os trabalhadores
Sustentando os preguiçosos
Vadios, doentes e senhores

Ficam-lhes os calos nas mãos
E os bolsos sem dinheiro
Sempre a esticar os cêntimos
P'ra remediar o mês inteiro

Por Arlinda Spínola

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Hoje falei p,ra Jesus


Hoje falei p’ra Jesus
Mas foi com o coração
E a resposta obtida
Foi chamada de atenção

Sem me apontar os defeitos
Falou-me com mansidão
Ouvia com a consciência
Na maior hesitação

Abri o livro da mente
Para ler a explicação
Mas a minha pequenez
Deixou-me na interrogação

Eram palavras dispersas
Que eu não soube decifrar
Esperava revelações
Já claras a aceitar

As respostas eram certas
E explicadas na hora
Não soube interpretar
E faz-me falta agora

Deus fala muitas vezes
Dando o alerta por sinais
Por vezes só reflectimos
Já sendo tarde demais

Por vezes mesmo em sonho
Jesus dá-nos uma visão
Alertando para o acontecimento
Dando já uma previsão

Só depois de acontecer
É que vem tudo à memória
E aí vemos com clareza
O sonho naquela história

Apenas falo por mim
Falta-me a capacidade
São me dados os alertas
Mas não entendo a realidade
  
Por Arlinda Spínola

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Sol de Verão


Hoje o dia está lindo
E o sol me brindou
Os seus raios a sorrirem
Ao meu coração chegou

Olhei para o céu e vi
O espaço radiante
E o azul se reflectia
Como fosse diamante
 
As nuvens todas dispersas 
Descrevendo um cenário
Tinha um toque de magia
Formando um imaginário

A estação é de inverno
E o dia é de Verão
Um restabelecer de energias
À mente e ao coração

O sol nos dá o calor
E também nos ilumina
É um bem Universal
Dádiva da mão Divina

O sol tira as barreiras
Nos dá a libertação
Cura feridas ocultas
Que repisam o coração

Deixa tudo a descoberto
Dá à vida outro sabor   
Liberta as emoções
Com o seu próprio calor

O sol é energético
Contagia o bom humor
Faz levantar a moral
Dando à vida candor

Por Arlinda Spínola

domingo, 8 de janeiro de 2012

Árvores em Movimento


Somos árvores em movimento
Não temos raiz ao chão
Andamos aqui no mundo
No meio da tentação

Andamos ao sabor do vento
No meio da tempestade
Por vezes até sem rumo
A perder a liberdade

Por este mundo incerto
No meio da ilusão
Caímos na encruzilhada
E desviamos a direcção

Somos árvores desfolhadas
A se deixar iludir
Olhamos a nossa imagem
Nem a sabemos definir

Queremos o que não temos
Sem valorizar o essencial
A cegueira é tão grande
Não deixa ver o real

E andamos a patinar
Num beco sem saída
Deixando o tempo passar
A se complicar a vida

Não deixamos a nosso árvore
Dar o grito de primavera
Sufocámos o seu clamor
Com egoísmo sobre ela

Sem fé somos uns arbustos
E não podemos crescer 
Pois só pensamos em nós
Isso não deixa vencer

O nosso coração é frágil
E é a fé a levedura
É aquilo que nos faz crescer
Dando ao mundo outra candura

Por vezes andamos sem rumo
A procurar aventura
Deixando o nosso ser
A murchar de tanta secura

Somos árvores na terra
Como ondas sobre o mar
Temos a nossa energia
Que nos põe a flutuar

A nossa árvore sem fé
É um viver adormecido
É passar o tempo em vão
Num andar despercebido

A fé nos restabelece
E faz-nos resplandecentes
É um crescer em luz viva
Mostrando outras vertentes

Somos árvores desgarradas
A andar sem direcção
Repetimos o mesmo erro
Sem aprender a lição

Por Arlinda Spínola

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Chorar

         
Criança que nasce para o mundo
Hora que marca a chegada da vida
Olhar a vida como relíquia preciosa 
Remover obstáculos que impeça viver
Amar a vida com garra e felicidade
Rir aproveitando a vida, porque ela
é obra sublime de Deus.   

Choro é presença viva
E chamada de atenção
É uma prova segura
De um bater de coração

Logo à chegada ao mundo
Damos o grito da vitória
Chorar é a primeira reacção
De alegria nessa hora

O choro é apresentação
É a felicitar a vida
Também agradecimento
À equipa reunida

Somos um livro em branco
Com um começo de história
O chorar e a respiração
Marca o momento em glória

O chorar naquela hora
É ânsia e alegria
É um dizer tanta coisa
A glorificar esse dia

É a felicitar sua mãe
Com sua apresentação
Pois ela ardentemente
O guardava no coração

Com o seu grito de choro
Desperta a emoção
É no filho e na mãe
O sentir a separação

O filho despede o aconchego
Dando outro sentido à vida
Visível aos olhos do mundo
A ingressar nova corrida  

O choro é a sua voz
A despertar os seus pais
É o alerta que assegura
Necessidades corporais

Chorar é sentir a vida
Na sua realização
São olhos a transbordar
Por vezes lágrimas em vão

Chorar é um alerta
Por vezes é emoção
De tristezas ou alegrias
A invadir o coração

Não é vergonha chorar
É definir o sentimento
Foi assim que começamos
Desde o nossa nascimento  

Por Arlinda Spínola

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

A Moral



Moral nos dá asas
Orgulha o nosso ser
Reduz o Stress 
Alegra o coração
Liberta e dá saúde

É pena que a moral
Esteja a ser dispensada
O mundo seria mais rico
E a vida valorizada

Querem dispensar a moral
Sem saber o seu valor
É uma sublime riqueza
Que brilha num esplendor.

A marca da moral é vista
Mesmo à luz de uma candeia
Liberta-nos e faz dispersar
Tudo aquilo que nos anseia

Ter moral dá alegria
É viver com confiança
Não dá para explicar
É sentir a segurança

Cada passo que é dado
Leva a moral à frente
É como um antivírus
Protegendo cada mente

Deixar ir embora a moral
É dar um passo em vão
É deslizar lentamente
Sem nenhuma hesitação

É ver tudo ao contrário
Na maior perturbação
É desequilibrar a mente
A ficar sem solução

A moral é uma bússola
Que nos indica o caminho
Também nos faz evitar
O calcar qualquer espinho

Quem disse adeus à moral
De si mesmo se despojou
Despediu a liberdade
E o coração sufocou

Por Arlinda Spínola

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

O povo santanense


O Povo de Santana
Tem a sua discrição
É lutador sem medida
E pronto a dar a mão

A habilidade genética
Já vem de geração
A força e a sabedoria
Tem raiz no coração

É isso apenas reserva
Aumentar na educação
O crescimento em moral
Lhe dá essa distinção

E o santanense tem bases
Desde o berço adquiridas      
E cria a sua personalidade
Com qualidades definidas

Começa a se desenrolar
Com primor e realidade
A evolução vai crescendo
Lhe dando maturidade    

Com o seu ar sorridente
Dá largas ao coração
Se identifica no trabalho
E é artista com distinção

Com a arte do bem-fazer
E a magia do coração
Molda a obra mais difícil
Assegurando a perfeição

Não se define em estatura
Nem pela categoria
São mãos para toda obra
Demonstrando a cada dia

Não tem títulos rotulados
Só tem a escola da vida
São obreiros persistentes
Ganhando a luta merecida

São seguidores à letra
Dos sábios heróis do passado
Removendo cada história
De exemplo concretizado

Não se deixar amedrontar
É o lema do santanense
Querer alcançar o horizonte
Sentindo que lhe pertence

O santanense ergue os braços
Nem se deixa derrotar
Ele tem algo que o move
Persiste e é singular

Sempre com espírito de jovem
Não passa dos vinte anos
A idade para ele não conta
E aos oitenta ainda faz planos

Vive um dia após o outro
Mas sempre com esperança
Sem ver o tempo passar
Ficando apenas lembrança

 Ele é sempre livro aberto
A passar o seu saber
Melhor mestre de cultura
Os filhos não podem ter 

Por Arlinda Spínola