sexta-feira, 29 de abril de 2011

MÃE...

Mãe, partiste sem despedidas
Tanta coisa ficou por dizer
Mas o exemplo que nos deixaste
A nenhum vai esquecer

Sua maneira de ser
Foi orgulho para nós
Por ser mãe protectora
Nunca nos deixava sós

Eras nosso porto de abrigo
E tábua de salvação
Sempre de braços abertos
A acolher-nos em seu coração

E mesmo depois da partida
Sentimos a sua protecção
Fisicamente existe o vazio
Mas viva no nosso coração

Mãe, lembro-me dos sacrifícios
Que fazias sem lamentos
E das vezes que olhavas para nós
A ler os nossos pensamentos

Mãe, passavas as tuas noites
Sem tempo p’ra descansar
Por vezes mesmo com sono
Estavas a nos acalmar

Numa família numerosa
A labuta era permanente
Não sei de onde vinham as forças
Para governar tanta gente

Chegou a catorze os filhos
Que a nossa mãe deu à luz
E com paciência nos aceitava
Pensando na sua cruz

Passou a sua mocidade
Grávida ou a amamentar
Um filho atrás do outro
Com espaço regular

Admirava a sua paciência
E o estar sempre presente
O não se excluir do trabalho
Mesmo estando doente

Juntos formamos a coroa
Que coroou a nossa mãe
Fomos rosas com espinhos
Que a feriram também

Não há palavras no mundo
P’ra lhe fazer discrição
Pois uma mãe como a nossa
Só daquela geração

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