quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013


Atirei um Beijo ao Sol 

Atirei um beijo ao sol
P’ra ver a minha pontaria
O vento o desviou
Bateu onde eu não queria

Andou ao sabor do vento
Mudou a direcção
O destino era o sol
Mas foi bater ao Plutão

E aquele beijo sem rumo
Andou a vaguear
Percorrendo o espaço
Sem ninguém a comandar

Ele pairou numa nuvem
Armou lá a confusão
Todas o queriam receber
Deixaram-no sem solução

E aí, esse meu beijo
Sem controlo já ficou
Fez uma magia nobre
E como estrela brilhou

De novo seguiu caminho
Confundiu-se no espaço
Olhou p’ra terra e pediu
Que lhe envia-se um abraço

Eu enviei-lhe esse abraço
Com carinho e fervor
Eu pedi que o entrega-se
A quem vive sem amor

Arlinda Spínola

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